Páginas

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O 8º Hábito

“De onde uma pessoa tira a força interna para nadar contra a corrente e aguentar provocações culturais negativas, interesses egoístas subordinados e desenvolver e sustentar essa visão e determinação? Elas recorrem à sua verdadeira natureza e a seus dons. Elas os usam para desenvolver a visão das grandes coisas que desejam realizar. Com sabedoria, tomam a iniciativa e cultivam uma grande compreensão das necessidades e oportunidades que estão à sua volta. Elas atendem às necessidades que se enquadram em seu talento singular, que põem em movimento suas motivações mais elevadas e fazem uma diferença. Em resumo, elas encontram e usam sua voz. Elas servem e inspiram outras pessoas. Elas aplicam PRINCÍPIOS que governam o crescimento e a prosperidade dos seres humanos. E das organizações – princípios que atraem o mais elevado e melhor de uma “pessoa integral” – corpo, mente, coração e espírito.

Igualmente significativo, elas também influenciam e inspiram outros a achar a própria voz por meio dos mesmos princípios. (...) Bem no fundo de cada um de nós há um anseio interior de viver uma vida de grandeza e contribuição – de importar realmente, de fazer uma verdadeira diferença. Todos temos esse potencial. Todos nós podemos decidir conscientemente deixar para trás uma vida de mediocridade e tomar o caminho de uma vida de grandeza – em casa, no trabalho e na comunidade. Não importa quais sejam nossas circunstâncias, essa decisão pode ser tomada por cada um de nós – manifestando essa grandeza seja pela escolha de enfrentar com coragem uma doença incurável, ou simplesmente fazendo diferença na vida de uma criança, propiciando-lhe um senso de valor e potencial, ou tornando-nos catalisadores da mudança numa organização e tomando a frente de uma grande causa social.

Todos temos poder para decidir viver uma vida grande, ou ainda mais simplesmente, não apenas um bom dia, mas um grande dia. Não importa por quanto tempo tenhamos seguido a trilha da mediocridade, sempre podemos escolher mudar o nosso caminho. Sempre. Nunca é tarde demais. Podemos encontrar nossa voz.”

Stephen Covey – O 8º. Hábito (Ed. Campus)

domingo, 4 de setembro de 2011


Esta foto foi tirada em 01 de setembro de 2011, na Associação Campineira de Imprensa, ao lado de minha querida professora Julia Casulari Motta (à esquerda) e da Sra Izalene (à direita), política filiada ao PT, que foi vice-prefeita do Toninho em Campinas e assumiu o cargo após seu assassinato, cumprindo o mandato até 2004. Foi sucedida pelo Dr Hélio, protagonista do atual escândalo político de nossa cidade, recentemente cassado. Este é um evento mensal de Psicodrama Público - realizado pelo Instituto onde estou finalizando minha pós-graduação - que é um espaço público de vivência, reflexão, cidadania e busca de soluções coletivas. O tema do encontro foi ''Campinas, Meu Amor. Meu Amor?''.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011


Ao invés de ficarmos lamentando os escândalos políticos de nossa cidade, que tal nos tornarmos mais ativas e fazermos parte deste espaço de reflexão e cidadania? Quem sabe achamos, juntas, algumas respostas?!...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Espiritualidade X Trabalho


''Busque a espiritualidade, na forma pela qual consegue entendê-la. O homem que não cultiva a força do espírito é geralmente um indivíduo de caráter frágil, de sensibilidade duvidosa, de raízes sem profundidade e também sujeito as crises constantes de identidade. É alguém que vive mais para o mundo exterior e suas aparências do que para satisfazer a si próprio. É, em geral, um profissional com fachada de catedral e interior de choupana.''

Fonte: Artigo Trabalhar faz bem, mas o excesso vicia e não é bom. Autor: Gutemberg de Macêdo

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Meu filho, você não merece nada!

''Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”. 

Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer. 

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão. 

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude. 

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.

Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir. 

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando. 

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa. 

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande. 

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito. 

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência. 

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.'' 

Eliane Brum
Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo). E-mail: elianebrum@uol.com.br - Twitter: @brumelianebrum

sexta-feira, 29 de julho de 2011

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Lançamento do Livro ''Vista da Janela''


Rosali Michelsohn, Duda Magallon e Lena Almeida
Livraria Cultura
Junho de 2011

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Um Lugar Chamado Resiliência

No Dia de Todos os Ventos Uivantes, terça-feira 7 de junho de 2011

Cecília Prada

''RESILIÊNCIA é assim, ói: a gente pega um monte de coisas da gente, todas as que justamente a gente mais queria, né, e joga no fundo bem fundo de um gavetão, desistidas - para nunca mais se olhar ou pensar. E aí por diante pega da gente e põe novamente
                                                                                       no trilho da rotina
                                                                                       na trilha da bobina
e brinca de não ter importância
fala que a vida é assim mesmo
                   e acorda na madrugada
                    para enxugar uma lágrima tonta.
                    (e às vezes, a custo, sufocar: um grito).''

________________

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Convite Especial

Querida amiga,

Como aluna do último ano do curso de Pós-Graduação em Sociopsicodrama do IPPGC – Instituto de Psicodrama e Psicoterapia de Grupo de Campinas, estou desenvolvendo uma pesquisa para meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), com o tema:


‘’As Exigências sobre a Mulher nos Tempos Modernos.’’ 




Sob a orientação do professor Dr. Luiz Contro - www.luizcontro.com.br, a idéia é utilizar o Psicodrama para pesquisar sobre a vida e o comportamento das mulheres, a fim de entender como estamos lidando com os múltiplos papéis que nos foram atribuídos nas últimas décadas (profissional, esposa, mãe...). "Drama" significa "ação" em grego. Psicodrama pode ser definido como uma via de investigação da alma humana mediante a ação. É um método de pesquisa e intervenção nas relações humanas. 

Teremos, para este fim, os próximos três Encontros Com Elas inteiramente direcionados a esta pesquisa. Os encontros acontecerão às segundas quartas-feiras dos meses de junho (08/06), julho (13/07) e agosto (10/08) de 2011, das 18h30 às 20h30, na sede do IPPGC em Campinas - R. Piquete, 1076, Nova Campinas, Campinas-SP (próximo ao Lanchão).

É com carinho que convido você a participar desta pesquisa. Para isso, peço a gentileza de confirmar até 01 de junho, através do e-mail encontrocom.elas@yahoo.com.br, seu interesse e disponibilidade em comparecer aos três encontros, o que é fundamental para o sucesso do trabalho.

Acredito que esta experiência trará muitos ganhos para todas nós. Uma grande oportunidade de nos aproximarmos e aprendermos juntas um pouco mais sobre nós mesmas.

Dúvidas ou sugestões, deixe seu comentário!

Um grande beijo
Duda

quarta-feira, 18 de maio de 2011

E viveram felizes para sempre! Será?

''Depois de todas as pompas e circunstâncias do casamento do Príncipe Inglês, me coloquei a imaginar cenas num futuro, talvez, não muito distante. A princesa chegando para uma consulta terapêutica. Aflita. Apertando um lenço nas mãos. Falando baixo. Ele mudou. Pode ser que eu também. Preciso pensar melhor. Nunca achei que poderíamos nos tornar um casal tão diferente do que éramos. Seguiu falando e começou a contar a última viagem que fizeram. Ele deu a partida no motor, segurou o volante e com muito pouca serenidade, olhou fixo para frente. Ela sentiu uma grande tensão vinda dele. Acreditou que ele poderia estar aproveitando o momento de dirigir para fazer reflexões. Quem sabe estaria tentando resolver questões com a rainha, com os irmãos ou até alguma coisa que tenha acontecido entre eles e tenha ficado mal resolvida? Ela não sabia no que tanto ele pensava, pois ele estava mudo. Não compartilhava nenhum pensamento. Ela quis respeitar. Tentou se distrair. Fez palavras cruzadas. Falou no celular. Ouviu músicas. Cantou um pouco. Depois de um bom tempo, provocou alguma reação dele lembrando canções que ambos gostavam. Ele não reagiu. Dirigia e pensava. Ou só dirigia e fazia de conta que pensava. Para alegrar o ambiente, ela contou um caso, depois uma piada. Leu placas e propagandas da estrada. Procurou estabelecer contato com ele, mas ele se manteve firme no seu propósito de ficar longe. Ela se incomodou. Não se conformou. Sentiu-se excluída. Sentiu-se mal amada. Que droga de silêncio! Era uma agressão medonha. Haveria outra? Achava que não. Confiava no seu taco. Respirou fundo. Voltou a matutar. Seria depressão? Queria que ele se sentisse melhor. O que estaria se passando com ele? Colocou a mão no ombro dele e arrumou um jeito de acariciar seus cabelos. Ele grunhiu e pareceu aceitar o seu carinho. Ela lembrou-lhe das vezes que chegaram a fazer deliciosas loucuras a mais de cem quilômetros por hora. Mudou a mão do ombro para a coxa dele. Ela achou que iria conseguir abrir uma brecha, derreter o gelo. Começou a deslizar suavemente sua mão. Subia e descia. Sorria e mexia. Mexia. Ele tirou sua mão como uma pessoa que acordou assustada. Não queria. Estava tenso. Frustrada, ela tossiu e pediu uma parada. Ele parou no primeiro lugar que apareceu. Um lugar qualquer com ônibus e caminhões, fumaça, barulho, gente e café requentado. No banheiro com cheiro de desinfetante barato, ela fechou os olhos e molhou o rosto com água gelada. Com os dedos, ajeitou os cabelos e conseguiu até estampar um sorriso meio forçado no rosto. Secou as mãos na camiseta. Uma vontade de fugir lhe invadiu. Para onde? Como? Com quem? Só um ímpeto. Foi voltando para o carro. De longe ela o enxergou. Ele parecia pronto para dar a partida. Ela mordeu o lábio. Balançou a cabeça. Apertou o passo. Abriu a porta, sentou-se e colocou o cinto de segurança. Ele virou-se para ela. Podemos seguir? Assim não. Não mesmo.''

Crônica Publicada no Jornal Diário do Povo em 30/04/2011
Rosali Michelsohn é Terapeuta e Consultora Organizacional
Contato:
rosali@tangram.org

sábado, 30 de abril de 2011

Psicodrama Público com o tema: Trabalho

"Drama" significa "ação" em grego. Psicodrama pode ser definido como uma via de investigação da alma humana mediante a ação. É um método de pesquisa e intervenção nas relações interpessoais, nos grupos, entre grupos ou de uma pessoa consigo mesma. Mobiliza para vivenciar a realidade a partir do reconhecimento das diferenças e dos conflitos e facilita a busca de alternativas para a resolução do que é revelado, expandindo os recursos disponíveis. Tem sido amplamente utilizado na educação, nas empresas, nos hospitais, na clínica, nas comunidades.

O IPPGC - Instituto de Psicodrama e Psicoterapia de Grupo de Campinas, fundado em 1976 vem, desde então, trabalhando na divulgação do Psicodrama, na formação de psicodramatistas que atuam nas áreas clínicas, educacionais, do trabalho, saúde pública etc. Também desenvolve projetos sociais com o objetivo de criar espaços de reflexões, de vivências e interferências no cotidiano.

Em fevereiro de 2010, a ACI - Associação Campineira de Imprensa e o IPPGC firmaram um convênio de parceria visando criar um espaço social, de cunho solidário, isto é, sem fins lucrativos, para vivências de Psicodrama Público. Sua freqüência tem sido mensal, às primeiras quintas-feiras do mês, na sede da ACI (R. Barreto Leme, 1479, Centro, Campinas-SP), das 19h00 às 21h00. A cada mês temos uma nova direção, com técnicas diferentes e metodologias diversas, com temas sempre novos.

Vamos aproveitar esta grande oportunidade de reflexão, troca de contatos, encontro com amigos e crescimento pessoal através deste método tão espontâneo, criativo, divertido e eficaz!


sexta-feira, 29 de abril de 2011

Persistência


''Algumas coisas podemos mudar, outras coisas devemos suportar. Crescemos através da nossa persistência.

A força vem da adversidade. Muitas vezes, as coisas que queremos conseguir na vida dependem de trabalho árduo.

Precisamos passar por tempos difíceis e de extremo empenho para atingir nosso objetivo.

Quase tudo que vale a pena não se obtém facilmente e o esforço envolvido é o que agrega valor.

A persistência nos permite chegar onde queremos. Quanto mais difícil de alcançar for seu objetivo, mais demorado e árduo será o caminho.

Quanto mais persistência tivermos, mais seremos capazes de alcançar. Enxergar claramente o final do caminho e manter o objetivo em vista, torna a persistência possível. Podemos suportar dificuldades extremas se soubermos que existe um propósito por trás delas.

Mantenha sua cabeça levantada, olhe para frente e suporte o que vier pela frente.

Isso fará de você o que você quer ser.

Pense nisso.''

Por Narciso Machado

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Páscoa! Não abuse...

Meninas, o feriadão de Páscoa é sempre uma grande desculpa para enfiarmos o pé na jaca e acabarmos com  todo e qualquer chocolate que apareça em nossa frente. E, consequentemente, jogamos no lixo aquele regime longo e árduo que estamos fazendo desde... segunda-feira... :)


Então aí vão algumas dicas pra gente não deixar de comer os maravilhosos ovos de Páscoa (afinal, eles nos deixam tão felizes, tão realizadas e tão satisfeitas com a vida!), sem recuperar os quilos perdidos (?) com tanto esforço...

  • Compre ou peça de presente o chocolate amargo. Ele possui maior quantidade de cacau e menor teor de gordura.
  • Chocolate diet pode ser tão calórico quanto os tradicionais. A razão é a maior quantidade de gordura presente nessa versão. Não se engane.
  • Dentre as opções que estiverem à sua frente, escolha aquela que mais gosta, sem provar ''um pouco de tudo''. Seja seletiva com o que come.
  • 30g de chocolate ao dia é o suficiente para saciar a vontade e não engordar. Divida seu ovo em pequenos pedaços, embrulhe, tranque a sete chaves, congele, tranque a porta da cozinha, jogue a chave pela janela...
  • Aproveite o feriado para caminhar, fazer passeios de bike, pular corda, brincar com as crianças, nadar... assim você consegue gastar as calorias extras do chocolate.
Beijos e uma feliz Páscoa!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Linguagem Corporal e Emoções

Entenda como seu corpo pode manifestar o que está em seu interior

''Uma constatação interessante quando falamos de linguagem corporal é que, ao contrário do dito popular, as aparências não enganam. Se tivermos olhos sensíveis, poderemos observar que realmente somos o que aparentamos ser. Nosso corpo físico, em todos os seus aspectos, manifesta muito mais características da nossa história, emoções e pensamentos do que podemos imaginar. O modo como nos movimentamos, nos deslocamos no espaço e como desempenhamos nossas tarefas rotineiras diz muito a respeito da nossa atitude mental e disposição na vida.

Nossa postura e formato corporal também trazem dados preciosos sobre a nossa história de vida, longínqua ou recente, como comportamentos repetidos, instaurados e cristalizados nos músculos, vísceras e pele. Endurecemos, enrijecemos, paralisamos pulsações, respiramos menos para abrandar as sensações desagradáveis e para sentir menos o que é insuportável em determinadas fases de nossas vidas. Às vezes, ou ao mesmo tempo, podemos "aumentar" algumas áreas do nosso corpo, nos fazer maiores, ou mais "moles" e permeáveis se isso trouxer alguma vantagem nos vínculos e relações em determinado momento.

Mudanças na vida, mudanças no corpo

É comum observarmos como alguém pode mudar seu corpo quando faz uma mudança na vida: se separa, casa, arranja um novo trabalho, está feliz ou insatisfeito. Numa relação onde um dos parceiros tem um caráter dominante e invasivo sobre a outra pessoa, este último para "sobreviver" no relacionamento e não ser abandonado pode construir um corpo pouco tonificado, permeável e que oferece quase nenhuma resistência a forças externas. Muitas vezes o medo de ser abandonado é muito maior do que o desejo de buscar relações verdadeiramente satisfatórias, e o corpo é moldado e construído de acordo com o que vivemos.

O que exatamente está armazenado e configurado nessas posturas pode vir à tona quando nos dispomos a entrar em contato com elas, seja numa psicoterapia, ou em qualquer trabalho corporal. É fascinante descobrir que forma e comportamento são a mesma coisa. Mas independente disso, observar nosso corpo e os das pessoas ao nosso redor é um exercício muito interessante de autoconhecimento. Vale lembrar que esta observação não deve ser feita com um olhar estético, de julgamento, se estamos ou não dentro dos padrões da moda e das revistas, e sim de uma maneira curiosa a respeito do quanto podemos descobrir através dos desejos e medos não integrados em nossa consciência, que se manifestam em nossos corpos físicos. Ou seja, o corpo e sua forma denunciam nosso inconsciente, tudo o que não "sabemos" sobre nós ou não queremos entrar em contato.

O que seu corpo está dizendo agora?

Algumas atitudes são mais óbvias, como mãos e pernas inquietas, que demonstram claramente ansiedade e agitação mental, ou ombros fechados e curvos, em alguém que provavelmente precisa se proteger por medo, timidez ou insegurança. Um pescoço excessivamente alongado e rígido, mostra a função de separar o peito (sentimentos) da cabeça (intelecto), para que um não interfira no outro. Além disso, a respiração pode dizer muito sobre nós. Percebemos melhor as emoções, sensações e desejos que aparecem quando respiramos mais profundamente, relaxamos o corpo e paramos para sentir e ouvir o que ele está nos dizendo hoje.

Tente ouvir e entender o que seu corpo diz. Entre em contato com as dores, com os desconfortos. "Ouça-os" ao invés de apenas querer se livrar dos sintomas desagradáveis, tomando analgésicos ou relaxantes musculares. Perceba e mergulhe na sua ansiedade, ao invés de apenas tentar distração em algo mais gratificante. Arrisque-se a entrar em contato com os sinais do seu corpo. Com essas atitudes de amor e coragem consigo mesmo, como uma boa mãe que escuta o que seu filho tem a dizer, ao invés de mandá-lo ficar quieto e não incomodar, nossas vidas se abrem para um caminho cheio de liberdade, satisfação, saúde e respeito a si mesmo.''

Karin Fromm é fisioterapeuta e psicoterapeuta; atualmente estuda acupuntura chinesa. Contato: karinffromm@hotmail.com

domingo, 27 de março de 2011

De Cabeça Para Baixo




''Quem vai dizer
O que é impossível?
Bem eles esqueceram
Que este mundo continua girando
E a cada novo dia
Eu posso sentir uma mudança em tudo
E enquanto a superfície quebra, reflexos enfraquecem
Mas de algum modo eles permanecem os mesmos
E à medida que minha mente começa a abrir suas asas,
Não há limites para a curiosidade

Eu quero virar a coisa toda de cabeça para baixo
Eu vou encontrar as coisas que eles dizem que não podem ser encontradas
Eu compartilharei este amor que eu encontro com todo mundo
Nós cantaremos e dançaremos às canções da mãe natureza
Eu não quero que este sentimento vá embora

Quem vai dizer que eu não posso fazer tudo
Bem eu posso tentar, e enquanto eu giro eu começo a descobrir
As coisas nem sempre são como parecem

Este mundo continua girando
E não há tempo a desperdiçar
Bem tudo continua girando girando
em círculos e de ponta cabeça

Quem vai dizer o que é impossível e não pode ser encontrado?
Eu não quero que este sentimento vá embora

Por favor não vá embora

É assim que deve ser?''

Upside Down
Música e Composição de Jack Johnson

quarta-feira, 23 de março de 2011

Atitude Positiva


O ser humano é movido por desafios.

Todos os dias, em todos os momentos, você esta sendo desafiado.

Algumas pessoas têm mais facilidade de entender os desafios e dificuldades que encontram pela frente.

Para chegar ao sucesso, atingir metas e alcançar objetivos, só existe uma forma, enfrentar as dificuldades estabelecendo hábitos positivos.

Muitos param diante das primeiras dificuldades. A maioria continua na luta e desenvolve hábitos e atitudes que distinguem pessoas de sucesso. A principal característica destas pessoas é a aceitação.

“Aceitar o desafio e ir em frente”.

Não se entregar e desistir no primeiro obstáculo, pensar positivo e ter certeza de que muitos outros obstáculos ainda estarão pela frente.

A aceitação da adversidade ajuda a:

“Acreditar que você pode atingir seus objetivos, enfrentando riscos, mudanças, falta de recursos e obstáculos”.

Aceitar o desafio, sem fugir do objetivo, é uma atitude que cria uma força de atração positiva.

Seja ousado, acredite no seu sonho.

Procure tomar as decisões de maneira racional e aceite os desafios que a vida lhe traz.

Pense nisso.

Narciso Machado

domingo, 20 de março de 2011

Vamos lutar por nossos direitos!

'Expulsa' após casar, ex-diplomata tenta voltar ao Itamaraty

LUIZA BANDEIRA
DE SÃO PAULO

Uma das primeiras mulheres a entrar no Instituto Rio Branco, a jornalista e ex-diplomata Cecília Prada, 81, tenta há dez anos na Justiça ser reintegrada ao Itamaraty.

Cecília entrou no instituto em 1956, dois anos depois que o concurso passou a ser aberto a mulheres. Mas teve que abandonar a carreira em 1958, para casar com o também diplomata Sérgio Paulo Rouanet (ex-secretário de Cultura da Presidência, que deu nome à Lei Rouanet).

    Silvia Zamboni/Folhapress
    Jornalista e ex-diplomata Cecília Prada em seu apartamento

Na época, segundo ela, o Itamaraty exigia que, nesses casos, a mulher pedisse exoneração. "Ou eu saía ou não me casava. Saí prejudicada por ser mulher."

Após quinze anos, Cecília se separou. Depois, tentou voltar à carreira diplomática por um processo administrativo, mas não conseguiu.

Em 2001, ingressou na Justiça com uma ação pedindo a reintegração ou indenização.

Se for readmitida, pretende pedir aposentadoria. Os valores, segundo a defesa de Cecília, não foram definidos.

A Justiça negou o pedido em 2006. O advogado da jornalista, Guido Meinberg Jr., diz que o argumento foi o de que o pedido só poderia ser feito até cinco anos após a exoneração.

A defesa recorreu alegando que a Constituição garante igualdade entre homens e mulheres. Para Cecília, sua saída foi provocada pelo preconceito por ser mulher.

"Quando minha turma terminou o curso, foi chamada ao gabinete do Secretário-Geral. Para cada um ele cumprimentava dizendo 'Parabéns, seja bem-vindo à Casa'. Quando chegou a minha vez, disse 'Eu sou contra mulheres na carreira'."

OUTRO LADO

A assessoria do Itamaraty disse que não comentará o processo até a decisão estar transitada em julgado.

O Itamaraty confirmou a exigência de exoneração da mulher quando houvesse casamento entre diplomatas.

Um decreto-lei de 1946 determinava que se o diplomata casasse com uma servidora pública, como era o caso de Cecília, ela teria que se exonerar. Não há registro de mudança na regra até 1958, segundo o site da Câmara.

Segundo a assessoria, atualmente, dois diplomatas podem se casar e marido e mulher costumam ser removidos para o mesmo local.

domingo, 13 de março de 2011

Fotos Psicodrama Público e Encontro Com Elas Homenagem ao Dia das Mulheres (com música)


Um encontro de festa e reflexão. Agradecemos a todos que participaram, colaboraram e viabilizaram este evento; às mulheres e homens que lutam por um mundo melhor hoje e sempre.

terça-feira, 8 de março de 2011

Parabéns pelo DIA DA MULHER!


 
Desejamos que você seja sempre AUTÊNTICA e viva sua vida com muita INTENSIDADE!!!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Encontro Com Elas e Psicodrama Público - 03/03

No mês em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, o Encontro Com Elas faz uma parceria com o IPPGC - Instituto de Psicodrama e Psicoterapia de Grupo de Campinas - e a ACI - Associação Campineira de Imprensa, para em conjunto fazermos um evento de festa e reflexão sobre a luta da mulher por um mundo melhor - a ser realizado em 03 de março (quinta-feira).

O Psicodrama é uma psicoterapia de grupo em que a representação dramática é usada como abordagem e exploração da psique humana e seus vínculos emocionais. Tem como proposta criar em conjunto uma história a partir de um tema, buscando redescobrir a força do grupo, contra a impotência do individualismo.

Este evento é público, isto é, aberto a mulheres e homens de todas as raças, faixas etárias e classes sociais. Portanto, chame suas amigas, seus amigos e sua família para participarem! Não é necessário confirmar presença, visto que não há limite de participantes.

No folder abaixo, seguem os detalhes do encontro.

Esperamos você para comemorarmos também o aniversário de 02 anos do Encontro Com Elas!



Mais informações sobre o IPPGC, acesse: http://www.ippgc.org.br/
Mais informações sobre a ACI, acesse: http://www.acinet.org.br/ 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Um pouco de Pablo Neruda

Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Seja um arbusto no vale, mas seja
O melhor arbusto à margem do regato.
Seja um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, seja um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,
Seja apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, seja uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas seja o melhor no que quer que sejas.

Pablo Neruda

(indicado pela Julia Carvalho)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Lembra quando a gente falava de amor?

''Seria antes: o diálogo que nunca houve. Segundo o bruxo Lacan, parece que “quando há diálogo, não há amor” – ou vice-versa. Será? Vou ter de verificar.

A grande ilusão do movimento feminista dos anos 60/70 foi achar que seria possível, esse diálogo. Que o homem também o queria – nem picas! O que ele queria continuar a ter: a mulher fácil, não somente objeto sexual, companheira, mãe dos filhos, etc (já sabemos), mas principalmente o ser calado – aquela que nos séculos passados, por ignorância, medo, comodismo, prestava-se a fingir ser o Ser definido pelo homem. Um Ser inexistente, uma figura fictícia que desempenhava mil papéis e se contentava com eles.

Mas o Ser Calado se desenvolvia na sombra, tentando se desembaraçar sozinha de teias asquerosas. E bordando, linda, meiga, dócil, cabecinha inclinada do lado, no canto que lhe fora assinalado no script. Ao vê-la assim, tão bela e sólida (pensava ele, assegurado), após um beijo perfunctório na testa da companheira o homem punha o chapéu na cabeça e rumava para o clube – para conversar com os amigos homens, o brother, o parceiro de competições intelectuais, o suporte emocional na hora da bebedeira tribal.

(Nunca, nesse momento do beijo perfunctório, ele – inocente! – lançou um olhar mais atento ao: bordado. Ao risco desse bordado. Que era ainda, preservado e eternamente feito desfeito refeito, aquele mesmo que o narcisista Ulisses também não se preocupara em verificar, por sobre o ombro de sua Penélope.

A grande pergunta do questionamento homem/mulher: qual era o risco do bordado de Penélope?

A grande pergunta até hoje nem suficientemente colocada.''

Cecília Prada

domingo, 30 de janeiro de 2011

Fotos do Encontro de Biodanza (25/01)

Caso não esteja visualizando o vídeo, acesse o link: http://www.youtube.com/watch?v=_GuOPniRE_k

A Biodanza é conhecida como a ''dança da vida''. É uma possibilidade para todos aqueles que querem conectar-se com seu próprio corpo, com suas emoções, sensações e afetos, em busca de uma linguagem corporal expressiva que lhe pertença autenticamente.

“Ao encontrar o fio que une o coração das pessoas, começamos a sentir o que significa harmonia. Ao focar minha visão no valor singular de cada um, os muros são destruí­dos e uma atmosfera de respeito, confiança e entendimento floresce, permitindo que a transparência de um olhar e a pureza de um sentimento manifestem-se naturalmente”.

Brahma Kumaris

Recomendamos fortemente a todas e agradecemos à Mary Pires pela experiência única deste encontro.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Biodanza: 25 de janeiro

Queremos começar 2011 juntinhas de você e com muita alegria!
 
Por isso te convidamos para o primeiro Encontro Com Elas do ano, que será em 25/01 (terça-feira), trazendo uma atividade muito legal que propõe autoconhecimento e autocrescimento: a Biodanza.
 
Pedimos confirmar presença através do e-mail eduardacp@yahoo.com.br,  pois o número de participantes é limitado.
 
Este encontro não possui fins lucrativos, portanto não tem custo.
Para participar, não é necessário ter freqüentado reuniões anteriores. 

domingo, 9 de janeiro de 2011

11 dicas para alcançar as metas em 2011

É comum, em todo o começo de ano, as pessoas enumerarem uma série de metas para seguirem nos próximos 12 meses da vida.

De acordo com a diretora da CrerSerMais – Desenvolvimento Humano, Roselake Leiros, para garantir realizações mais efetivas, é necessário algumas condições especiais.

Na avaliação de Roselake, tudo gira em torno de planos, responsabilidade, positivismo, avaliação e sonhos. Para isso, a especialista desenvolveu 11 dicas para atingir as metas em 2011. Confira abaixo:

Responsabilidade - Não adianta responsabilizar o mundo pela não realização do objetivo, frustração ou insucesso. De acordo com a consultora, quando a responsabilidade é assumida, você toma o seu poder de transformar e planejar uma melhor estratégia com mais confiança.

Formule seu objetivo no positivo - Diga o que quer e não o que não quer. Roselake diz que as pessoas só sabem ou só falam do que não querem.

O objetivo precisa ser sustentado por você - A dica da consultora é traçar objetivos sobre os quais é possível agir: o objetivo não é "quero que meu chefe me dê aumento", mas sim "farei o que for necessário para obter uma promoção".

Pense positivo sempre - Os medos podem ser os maiores entraves para o sucesso na vida. "Deixe-os no seu tempo, mas reconheça-os, admita-os, avalie-os e faça aprendizados positivos dessas experiências para viver o agora plenamente", avalia Roselake.

Sonhe - O sonho é a base de tudo. Para a consultora, as pessoas nunca devem deixar de sonhar. Após esse processo, deve-se trazer os sonhos para a realidade e verificar o que pode-se fazer para alcançá-los.

Contemple todas as áreas da sua vida - Quando focamos excessivamente uma área, tiramos energia de outra, causando desarmonia ao todo, portanto tenha equilíbrio. Estabeleça objetivos para a área familiar, afetiva, profissional, financeira, social e o que mais achar conveniente. Assim seu crescimento será integral.

Avalie o contexto geral - Avalie antecipadamente o impacto do que você quer e só depois decida o que fazer. Segundo a consultora, caso haja conflito interno, que você identificará através de um desconforto, avalie e busque uma negociação consigo mesmo, e se ainda assim o desconforto persistir, reformule seu objetivo para evitar a auto-sabotagem.

Faça uma lista - Escreva e faça um painel representativo com frases e figuras com todos os seus sonhos e objetivos. Assim, a mente capta os estímulos da melhor forma. Fale bastante sobre os sonhos, pois eles precisam ser alimentados para se concretizarem. Essas atitudes abrem caminhos neurais que auxiliam na conquista dos objetivos, tornando-os mais palpáveis.

Use todos os sentidos para realizar - ''Para conquistar os seus objetivos, seus sentidos precisam experimentar a situação desejada para ter a referência de aonde você quer chegar'', explica.

Ouça sua voz interior - Quando você tem convicção do que quer e sabe que isto realmente é bom, os comentários divergentes não abalarão a sua caminhada na direção de seu objetivo.

Comemore a realização - A alegria e a gratidão são emoções que validam profundamente o esforço da trajetória e nos motivam para novas e grandes realizações. Celebre e lembre-se: você tem o poder sobre tudo na sua vida. Seja livre, seja você e crie sua própria realidade.

(Indicado pela Marilu Camargo)


domingo, 2 de janeiro de 2011


O ano de 2010 foi muito rico para nós. O Encontro Com Elas contou neste ano com a presença de mais de 70 mulheres! Foram 70 vidas trocando experiências e formando uma grande e forte corrente de energia...

Queremos agradecer a você pela troca e pela confiança. Mesmo se não pôde estar presente fisicamente, agradecemos por acompanhar nosso blog e, da sua forma, de alguma maneira, fazer parte desta grande rede. É em você que nos inspiramos para fazer acontecer este projeto.

Desejamos que o ano que chega seja cheio de encontros com aquilo que você busca em sua vida. E que você possa sempre RECOMEÇAR.

Te esperamos com o coração aberto, para dividirmos as alegrias e desafios de 2011!

Grande beijo
Duda e Celia

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Um Novo Ano



Vou entrar no novo ano com as unhas pintadas de vermelho. Vermelho que é cor de paixão e de coragem, que é cor forte e quente, pra não me esquecer das promessas que faço a cada virada. Minhas mãos são pequenas e delicadas, mas têm a mesma força do meu coração.

Vou entrar o novo ano com as unhas pintadas de vermelho que é pra me inspirar a agarrar meus sonhos, tocar meus desejos, segurar meus ideais. Quero usar meus dedos de unhas vermelhas para apontar longe, dizer que está jóia, fazer as pazes, carregar minhas alianças. 

Com minhas mãos de unhas vermelhas vou chamar aquilo que quero e afastar o que não quero. A partir delas, quero receber mais, e doar mais também. Acariciar os amigos queridos, fazer cócegas nas crianças, escrever coisas belas, preparar alimentos, proteger os olhos e os ouvidos do que não é bom, me comunicar com o mundo...

Estas mãos de unhas vermelhas irão me ajudar, com certeza, a colocar em ação o melhor de mim no ano que chega.

Feliz 2011 a todas!

Um grande beijo
Duda

domingo, 28 de novembro de 2010

Fios Emaranhados (por Cecília Prada)


''Hoje quero escrever uma coisa assim, de fios. Dos fios detectados, dos que nos sustentam. Fantoches somos na mão invisível de alguém que nos manipula? Ou, simplesmente, falar dos múltiplos fios em que estamos todos enrolados, na imensa rede que não foi inventada pela indústria da comunicação virtual, como se poderia pensar numa simplificação – mas na enorme rede da vida. Pior: do cosmo. E que nós, pobres fiozinhos atormentados e complicados no nosso emaranhamento, temos a pretensão de querer entender, desenrolar. Enfim – ridículas formiguinhas.

Anos atrás inventei a pretensão de contar minha vida, para entendê-la um pouco. Se fracassei quanto ao livro pronto, amontoei quilômetros de entulho literário feito de coisas e loisas, e amores e desamores, e desesperos e retemperos, material que está todo por aí, pelas gavetas dos móveis, do micro, do Ser – um dia será amarrado em pacote, espero, e definitivamente selado e entregue.

Enquanto isso, indago consistente: que fio afinal usarei para amarrar esse pacote de mim? Que fios usarei para bordar a eterna tapeçaria que nós mulheres tecemos (desde aquela nossa protoavó Penélope) para deixar em legado à família? - para que em mim não se cumpra o destino das mulheres silenciadas, tias-avós de diários bolorentos jogados fora pelo primeiro sobrinho aparecido após o enterro, versos escritos com aplicada letra de curso primário, indefectíveis rosas secas dentro de um livro esmaecido, e os murmúrios, e os lamentos que ressoam em todos os haréns, em todas as salas de todas as famílias.

Ou simplesmente morrerei de boca costurada, como foi durante tanto tempo o destino das mães e avós loucas?

Mas não é fácil contar esta história um tanto estranha, feita de tatos pedaços, te confesso. Não é fácil costurar seus elementos – que linha usarei, pois?

A linha da mediocridade, comprada na feira, parda e resistente, que minha avó italiana usava para cerzir eternamente, num ovo de madeira, as meias da família? Minha avó que nunca falava, que morreu silenciosamente aos 97 anos, doce e apagada velhinha de cabelos de algodão e olhos azuis.

A linha triste e discreta com que me costuravam os botões do uniforme azul-marinho do externato de freiras? Ou talvez eu deva escolher, por que não? algum dos fios mais brilhantes que me foram concedidos pela vida, tons rosa-salmão do meu primeiro vestido de baile? Ou o fio de cetim imaculado do vestido de noiva? Ricas nuanças de tapeçarias medievais? (não fui por acaso castelã e prisioneira?) Ou espargir pelo meu livro as cores, nunca reveladas, daquela imensa, interminável, milenar tapeçaria que nossa protoavó Penélope desdobrou sobre toda a humanidade?

– e cujo risco ninguém, nunca, se preocupou em saber qual era...

Não. Já sei. Usarei, para tão digno bordado, aquele fio de seda mista que as freiras já no primeiro ano primário queriam nos obrigar a usar, com paciência nos adequando para as exigências da vida: enfiar, e enfiar de novo, e mais uma vez, e sempre, uma linha enfezada e resistente na agulha fina de buraco que se esquivava manhoso em um trabalho de amostras de pontos de bordado, um paninho de linho branco que se queria - como tudo para nós - puro, imaculado. E que só eu, a menina má, amarfanhava num canto da pasta, retirando-o de má vontade, medrosa, na hora de trabalhos manuais. E minha linha, só a minha, parecia se obstinar em criar nós e complicações.

(Como estas urdidas - ardidas? - memórias de hoje.)

Irmã Louise, vermelhona, de pelos no rosto, me dizendo, vidente, tal-vez: “Mas isto não é um mostruário. É um monstruário.”

Teria ela realmente seus dons? Veria já no paninho encardido, sujo de tinta, vergonhoso, de linhas emaranhadas, alguns dos lagartos, das serpentes, das complicações existenciais em que eu me veria mais tarde colhida?

Segredo: ah, no meio do pano encardido bordei uma tosca florzinha inventada, com linhas gloriosamente espalhafatosas, azul-real, verde-pavão, vermelho-sangue. Depois disse para a freira que tinha perdido meu pano de amostras – que me dessem outro, talvez tenham me dado, nem me lembro o que aconteceu com ele. Mas a aprendiz de bordadeira seguiu e segue vida afora emaranhada na teimosia de tantos nós, tantas linhas enfezadas ali-nhavando pontos impossíveis - tentando lembrar qual era aquela flor inventada com todos os tons brilhantes da esperança, um dia.''