No momento estou lendo não só um, mas três livros, alternadamente. Nunca fui uma leitora voraz; adquiri este hábito aos quase trinta (adquiri vários bons hábitos aos quase trinta). Mas a leitura para mim tem de estar em perfeita sintonia com meu estado de espírito. Não consigo ler um romance sem estar apaixonada, ou uma biografia sem estar identificada com o biografado. ‘’Identificação’’, acho que é isso que preciso sentir no exato momento em que estou lendo algo.
Sendo assim, como meu estado de espírito vive em constante oscilação, estou lendo três livros no momento (deveria ser quatro, mas resolvi abandonar ‘’A Menina que Roubava Livros’’ – monótono e escuro demais para meu mais sombrio estado de espírito).
Não há refúgio mais acessível e seguro que a leitura. Através de ‘’Quando Nietzsche Chorou’’, transporto-me instantaneamente ao quarto 13 da Clínica Lauzon, em Viena, capital da Áustria, no final do século XIX. Escuto atentamente as discussões sobre a psicanálise e as dores da alma, entre Dr Josef Breuer e o filósofo Friedrich Nietzsche, acrescidas de observações do jovem médico Sigmund Freud. Quase me arrisco a dar os meus pitacos também, mas seria atrevimento demais diante destes três grandes homens, então prefiro me manter calada, apenas aprendendo. Trata-se de uma leitura difícil, extremamente filosófica, do tipo que não dá para ser feita na sala de espera do consultório médico, mas no silêncio, muito aos poucos, com calma, atenção e respeito.
Vez ou outra, após uma semana muito agitada, visito o consultório do Dr David Kundtz, em ‘’A Essencial Arte de Parar’’. A leitura é rápida, livro fino, fácil e didático. Enquanto em Viena leva-se dois ou três meses para digerir as palavras, aqui a digestão é bem rápida, mas o que se aprende deve ser aplicado eternamente. Dr Kundtz me diz exatamente o que preciso ouvir naquele momento, e me aplica técnicas de relaxamento, proporcionando o contato comigo mesma, quase que numa sessão de hipnose. Dali tiro forças para seguir em frente, em paz.
Mas hoje algo original me aconteceu. Fui parar no subúrbio de Nova York, junto à minha mais nova melhor amiga Elizabeth Gilbert (a Liz), que, sem cerimônia, está dividindo comigo suas angústias e loucuras em ‘’Comer, Rezar, Amar’’. O convite para ir com ela à Itália, Índia e Indonésia, em busca de quem somos e do que realmente queremos, está aceito. Sinto que será uma viagem inesquecível.
"Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar."
Sendo assim, como meu estado de espírito vive em constante oscilação, estou lendo três livros no momento (deveria ser quatro, mas resolvi abandonar ‘’A Menina que Roubava Livros’’ – monótono e escuro demais para meu mais sombrio estado de espírito).
Não há refúgio mais acessível e seguro que a leitura. Através de ‘’Quando Nietzsche Chorou’’, transporto-me instantaneamente ao quarto 13 da Clínica Lauzon, em Viena, capital da Áustria, no final do século XIX. Escuto atentamente as discussões sobre a psicanálise e as dores da alma, entre Dr Josef Breuer e o filósofo Friedrich Nietzsche, acrescidas de observações do jovem médico Sigmund Freud. Quase me arrisco a dar os meus pitacos também, mas seria atrevimento demais diante destes três grandes homens, então prefiro me manter calada, apenas aprendendo. Trata-se de uma leitura difícil, extremamente filosófica, do tipo que não dá para ser feita na sala de espera do consultório médico, mas no silêncio, muito aos poucos, com calma, atenção e respeito.
Vez ou outra, após uma semana muito agitada, visito o consultório do Dr David Kundtz, em ‘’A Essencial Arte de Parar’’. A leitura é rápida, livro fino, fácil e didático. Enquanto em Viena leva-se dois ou três meses para digerir as palavras, aqui a digestão é bem rápida, mas o que se aprende deve ser aplicado eternamente. Dr Kundtz me diz exatamente o que preciso ouvir naquele momento, e me aplica técnicas de relaxamento, proporcionando o contato comigo mesma, quase que numa sessão de hipnose. Dali tiro forças para seguir em frente, em paz.
Mas hoje algo original me aconteceu. Fui parar no subúrbio de Nova York, junto à minha mais nova melhor amiga Elizabeth Gilbert (a Liz), que, sem cerimônia, está dividindo comigo suas angústias e loucuras em ‘’Comer, Rezar, Amar’’. O convite para ir com ela à Itália, Índia e Indonésia, em busca de quem somos e do que realmente queremos, está aceito. Sinto que será uma viagem inesquecível.
"Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar."
(Monteiro Lobato)
Beijos
Duda
Beijos
Duda
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